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Mediações Modernas

Oficina de História e Imagem

A Oficina de História e Imagem (OHI) é um fórum de reflexão e debate entre criadores, investigadores e arquivistas de diferentes áreas do saber que se interessam especificamente pelo papel da imagem na mediação do passado. Através de variados formatos (desde seminários a publicações), a OHI pretende estimular a discussão transdisciplinar sobre as metodologias analíticas, os desafios teóricos e as responsabilidades políticas inerentes ao uso de imagens para a construção do conhecimento histórico.

Originalmente fundada pelos investigadores Tiago Baptista, Joana Estorninho, Rui Lopes e Lais Pereira em 2014, a OHI tem tomado diferentes formas ao longo dos anos, tendo sido coordenada por diversos membros do IHC, incluindo Caterina Cucinotta, Catarina Laranjeiro, Madalena Miranda e Giulia Strippoli. A coordenação atual está a cargo de Raquel Schefer.

Sessões anteriores da Oficina de História e Imagem

                                                                                                              20 de Fevereiro de 2023

Apresentação de Felipe de Castro Muanis

Moderação de Melanie Toulhoat

 

A irrepresentabilidade do testemunho

Legitimação de desenhos e ilustrações da Shoah  

 

Os campos de concentração alemães da Segunda Guerra Mundial compreendem vasto material iconográfico de suas atrocidades, sobretudo após a libertação. Durante a Guerra, dada a proibição do alto comando nazi de se gerar imagens dos campos, poucas imagens foram realizadas e, quando feitas, eram especialmente fotográficas ou cinematográficas, realizadas pelos próprios oficiais. Por outro lado, são raras as imagens feitas pelas vítimas dos campos, como as fotografias furtivas tiradas em Auschwitz que provocaram um acalorado debate entre Claude Lanzmann, Gérard Wajcman e George Didi-Huberman sobre sua validade. Contudo, há uma grande produção de ilustrações feitas por prisioneiros durante e depois da sobrevivência nos campos – que é foco da discussão ora proposta – que configura um potente espaço de testemunho, história e reflexão teórica sobre a própria imagem artesanal. Esse material sobrevive um espaço discursivo imagético para testemunhas, muitas que não resistiram para narrar sua história, a quem lhe fora proibido o direito do testemunho.

 

                                                                                                              14 de Dezembro de 2022

Apresentação de Manuel Gárate Chateau

Moderação de Melanie Toulhoat

 

Estudiar la caricatura de prensa sobre Augusto Pinochet: 1973-2006

Una mirada comparada entre Francia, Inglaterra y Chile 

El trabajo de investigación histórica sobre las caricaturas de prensa de la dictadura chilena en el extranjero, y de Pinochet en particular, presenta una serie de desafíos historiográficos y metodológicos. Además de la dispersión de los archivos y su estado físico, la investigación implica conocer el contexto político local de la producción de las imágenes, así como su circulación. El problema de la interpretación y de la difusión de estas imágenes en contextos nacionales muy heterodoxos constituye uno de los desafíos principales de este tipo de investigación.

 

                                                                                                              21 de Novembro de 2022

 

Apresentação de Júlia Martinez

Moderação de Filomena Serra

 

La Fotografía en la Revista Vértice (1937-1939): El Argumetário Visual de Falange Española  

La revista Vértice fue creada en 1937 por Falange Española, el partido de corte fascista que se convirtió en la formación única durante la dictadura franquista. Editada hasta 1946, su vida editorial vivió diferentes fases, marcadas fundamentalmente por la dirección de la revista y el devenir del propio partido. Aunque la historiografía ha centrado su análisis en los años relativos a la fascistización del régimen y a los contenidos literarios, la investigación de Julia Martínez pone el acento en las secciones fotográficas de esta revista, que vivieron su mayor esplendor entre 1937 y 1939. Como resultado, la investigadora introduce esta revista en el contexto de las publicaciones de entreguerras y concluye afirmando la existencia de una relación entre estas secciones y el ideario del partido, clasificando Vértice como argumentario plástico y aportando arquetipos visuales y nuevas cronologías a la historia de la formación política.

 

 

                                                                                                              26 de Outubro de 2022

Apresentação de Alberto Berzosa

Moderação de Lee Douglas

 

Crítica Ecológica e Cultura Visual em Portugal após a Revolução de Alberto Berzosa 

Nesta reunião da Oficina de História e Imagem, Alberto Berzosa apresentou os resultados de uma pesquisa recente nas coleções do Arquivo Nacional de Imagem em Movimento (ANIM) sobre cinema ecológico a partir da Revolução de 1974. Durante o último ano em Espanha, tem vindo a investigar as colecções da rede estatal de arquivos cinematográficos, procurando documentos relacionados com o movimento ambiental desde 1975 até ao presente. O resultado tem sido rico em informação sobre que tipo de filmes ecológicos são preservados nos arquivos públicos, que temas os filmes abordam, a partir de que abordagens políticas e estéticas, como lá chegaram e quais são as condições de acesso aos mesmos. Através da investigação nas colecções ANIM, foi possível estudar a situação dos materiais audiovisuais do movimento ambiental também em Portugal, o que nos permite desenvolver um estudo comparativo sobre o património audiovisual ambiental a nível peninsular. Para estabelecer as tensões entre os discursos ambientais colocados em imagens nos dois países, as formas audiovisuais adoptadas para este tipo de filmes (militantes, experimentais, documentários, ficções), e o estado de conservação e visibilidade que os filmes têm tido de cada lado da fronteira. Durante a apresentação, que será realizada em espanhol, serão exibidos alguns dos documentos e filmes estudados.

Esta investigação foi realizada com o apoio do Cost Action TRACTS (CA20134).

 

                                                                                                              10 de Outubro de 2022

     Moderação de Cátia Rodrigues

7 Anos em Maio (2019) de Affonso Uchoa

Uma noite, sete anos atrás, Rafael chegou em casa depois do trabalho e descobriu que pessoas que ele não conhecia o procuravam. O rapaz imediatamente fugiu, sem olhar para trás. A partir daquele momento, sua vida mudou, como se aquela noite nunca tivesse terminado. Um dia, ao redor de um incêndio improvisado perto de uma fábrica, ele decide confidenciar sua jornada a um estranho que teve uma experiência semelhante, também marcada por violência, vícios e miséria. O relato íntimo de Rafael encontra o testemunho coletivo de uma nação inteira oprimida pela pobreza, repressão policial e corrupção institucional.

Essa sessão foi realizada na Tigre de Papel.

                                                                                                             7 de Outubro de 2022

Moderação de Manuel Loff

Tantura (2022) de Alon Schwarz

Quando o Estado de Israel foi estabelecido, em 1948, estalou a guerra e centenas de aldeias palestinas ficaram despovoadas no seu rescaldo. Os israelitas referem-se a isto como a Guerra da Independência enquanto que os palestinos lhe chamam Al Nakba (a catástrofe). Esta história é sobre uma dessas aldeias: Tantura. No final dos anos 1990, um estudante de pós-graduação, Teddy Katz, investigou um massacre em grande escala que alegadamente ocorrera na aldeia de Tantura em 1948. Mais tarde, o seu trabalho foi atacado e a sua reputação arruinada, mas restam mais de cem horas de depoimentos áudio.

Esta sessão da Oficina de História e Imagem resulta de uma parceria entre a linha temática Mediações Modernas: Arte, Tecnologia e Comunicação e o Festival Doc Lisboa.

                                                                                                              24 de Junho de 2022

Moderação de Giulia Strippoli

 

Alcindo (2021) de Miguel Dores

“Alcindo” (2021), realizado por Miguel Dores, debruça-se sobre o assassinato de Alcindo Monteiro por um grupo fascista em 1995 e o racismo estrutural da sociedade portuguesa. Tratando-se de um tema tão importante a nível sócio-político e também segundo uma perspectiva histórica, pareceu-nos importante, suscitar esta discussão no quadro das actividades da Oficina de História e Imagem.

                                                                                                                  13 de Maio de 2022

Apresentação de Inês Sapeta Dias

Moderação de Catarina Laranjeiro

 

 Entre o Arquivo e Mapeamento:  Apresentação da TRAÇA, Projecto de Recolha de Filmes de Família na Cidade de Lisboa

A TRAÇA é um projecto de recolha, estudo e exposição de filmes de família. O seu trabalho assenta sobre dois pilares: o território, em específico o da cidade de Lisboa, tratado a partir da história da sua habitação; e o arquivo, cujos limites este projecto procura expandir. Em relação ao arquivo, a sua expansão faz-se desde logo pela recolha de filmes que não têm um lugar estabilizado na história do cinema e têm sido materiais descartados pelos arquivos fílmicos; e faz-se também através da abertura deste arquivo a criadores que, vindos de áreas artísticas distintas, são convidados a ocupar momentaneamente o lugar do arquivista e a trabalhar a partir dos filmes de família recolhidos – o cinema e a performance foram as áreas convocadas até agora.

Na gestão deste arquivo, se por um lado, a TRAÇA trabalha sobre cada filme e memória particular, nomeadamente através da organização de visionamentos comentados com os depositantes, por outro, porque de diversas maneiras, a partir de diferentes motores, articula e cruza cada imagem com outras, este projecto trabalha para o desenho de um mapa imaginário, emocional e comum que põe em causa o espaço e os circuitos entre a memória e a história.

Nesta sessão será apresentado o trabalho que a TRAÇA tem em curso mas também as dificuldades metodológicas com que se tem confrontado, para lançar uma discussão sobre memória, pós-memória, a escrita da história (e os seus campos cegos).

 

                                                                                                                  8 de Abril de 2022

Apresentação de Rui Lopes

Moderação de Caterina Cucinotta

 

Transnational Thrillers: Decoding European identities, illiberal agents and imperial fantasies in the boom of spy cinema, 1962-1975

Esta apresentação discutirá uma proposta de monografia que visa interrogar a evolução da identidade política europeia através do estudo da vaga de filmes de espionagem nas décadas de 1960-70. O cinema de espionagem desta era foi um fenómeno transnacional ao nível da produção (predomínio das co-produções), discurso (narrativas de agentes operando por toda a Europa), circulação (distribuição a uma escala continental) e recepção (apropriação por diferentes contextos nacionais). Ao converter políticas domésticas e relações internacionais em espectáculo, estes thrillers definiram quais os regimes considerados parceiros numa Europa conectada – e quais os seus aliados ou inimigos no exterior. Encenaram desse modo as tensões e contradições da Europa da Guerra Fria, com a sua competição ideológica e transformação do poder imperial. O livro abordará, portanto, as relações entre autoritarismo e democracia na Europa e a ambiguidade das atitudes europeias para com o resto do mundo, manifestadas em objectos associados ao escapismo.

 

                                                                                                             18 de março de 2022

Apresentação de Gianfranco Ferraro 

Moderação de Paulo Catrica

 

Imaginar e sobreviver à catástrofe: Lisboa, Messina e outras Heterotopias 

Se há um lugar onde a “catástrofe” se torna visível, este corresponde à cidade. A catástrofe mostra a cidade como o nó dentro do qual as preponderantes forças da natureza, do “destino” ou do “divino” se entrelaçam com as forças da cultura. A cidade da catástrofe é, portanto, também o lugar apocalíptico onde uma forma de vida, e, mais ainda, uma forma de vida urbana, aparece por inteiro na sua nudez. Ao mesmo tempo, como evento, memória, ou simplesmente como imaginação, a irrupção da catástrofe na história urbana inaugura inéditas formas de vida, reconfigurando a vida e a forma da própria cidade. Através das noções de “técnica de vida” e de “heterotopia” de Michel Foucault e das reflexões do antropólogo Ernesto de Martino, tentarei mostrar como, no caso das catástrofes naturais paradigmáticas de Lisboa, Messina e Gibellina e de outras catástrofes provocadas pela intervenção do homem, as práticas artísticas, filosóficas ou narrativas tentaram historicamente reelaborar os traumas e tornar novamente vivente um lugar destruído e esvaziado das suas características mais próprias.      

 

                                                                                                             25 de fevereiro de 2022

Apresentação de Rita Luís

Moderação de Patrícia Sequeira Brás

 

Como escrever para um livro de divulgação sobre as imagens da guerra colonial/de libertação na televisão portuguesa tendo em conta a posição como espectador das famílias dos soldados? 

“Que guerra emitiu a televisão portuguesa? O que é que o público metropolitano não viu entre 1961 e 1974? Este pequeno texto tem como objectivo tentar responder a uma série de perguntas que as fotografias da exposição A Guerra Guardada evocam: com que imagens das guerras coloniais se construiu o imaginário colectivo metropolitano? Haveria sequer um imaginário colectivo? Talvez não possamos responder a esta pergunta, mas sabemos hoje como se tentou dominar a imagem metropolitana das guerras coloniais. Foram vários os meios que para tal contribuíram. Além das fotografias enviadas pelos soldados, que rapidamente se tornaram um problema a resolver pelas autoridades militares, também as fotografias publicadas em jornais e revistas e o cinema, os jornais de actualidades ou a televisão foram chamados a participar na construção dos territórios ditos “províncias ultramarinas”, cuja manutenção sob soberania portuguesa motivou um total de treze anos de guerra em três frentes de batalha.  Interessa-nos, em particular, o papel que a televisão desempenhou nessa construção. Que espectador se imaginava? E que esperavam os espectadores metropolitanos encontrar na televisão? Com que meios e com que propósitos foram produzidas imagens sobre a realidade africana? Com que imagens estas competiam? Quais se tornaram icónicas?”

 

 

                                                                                                              18 de fevereiro de 2022

As fontes visuais e o trabalho das mulheres. Ideias sobre corpos femininos, corpos servis, corpos em luta, corpos de ontem e de hoje

 

Apresentação de Inês Brasão e Giulia Strippoli

Moderação de Lee Douglas

A partir do projeto ideado e coordenado por Inês Brasão Memórias da servidão (https://projetos.dhlab.fcsh.unl.pt/s/memorias-de-servidao/page/apresentacao), Inês e Giulia começaram um diálogo a propósito das fontes visuais sobre o trabalho das empregadas domésticas em Portugal e sobre as representações dos corpos das trabalhadoras femininas durante o Estado Novo, e depois do fim da ditadura. Esta sessão da Oficina pretende apresentar algumas ideias sobre: a representação das mulheres em condição servil, a visibilidade e visibilização das mulheres em luta contra as condições de opressão, as imagens como instrumento de protagonismo das mulheres e como reprodução de ideias estereotípicas das mulheres trabalhadoras, o dispositivo visual como reapropriação da subjetividade feminina e de libertação contra a opressão económica e de género. No decorrer da sessão, utilizaremos as imagens a as palavras como base para um debate abrangente sobre a produção de saber sobre as mulheres trabalhadoras, os contextos históricos e sociais de representação, as formas estéticas e as políticas de silenciamento e protagonismo das mulheres. Partiremos, em particular, de dois documentários que podem ser visionados previamente on-line: Para Todo o Serviço – RTP Arquivos e Servir em Casa Alheia – Parte I – RTP Arquivos; Servir em Casa Alheia Parte II – RTP Arquivos (Figs. 1 e 2).

                                                                                           4 de Fevereiro de 2021

                                                                                                FORDLÂNDIA

                                                                                           Susana de Sousa Dias

Apresentação de Susana de Sousa Dias sobre o seu novo projecto sobre Fordlândia, segundo filme sobre a distópica cidade fordista, após “Fordlândia Malaise” (2019).

Moderação de Catarina Laranjeiro

29 de outubro de 2021

VÍDEO-CARTAS: A POÉTICA POLÍTICA DA DISTÂNCIA

Apresentação-performance de Melina Wazhima Monné e de Juan Pablo Ordóñez

Moderação de Raquel Schefer

     Entre os anos setenta e o início do novo século, a comunidade migrante equatoriana criou estratégias de resistência para superar a separação familiar, a nostalgia, o desenraizamento e um futuro sem data marcada para o reencontro.

     Durante quarenta anos, os migrantes e suas famílias gravaram e trocaram milhares de horas de correspondência em vídeo, abarcando todos os aspectos da vida: de nascimentos a funerais, de festas a confissões, de cartas de amor aos processos de construção de casas, etc. Esse material, registado e enviado, contempla tudo aquilo que permitia criar a possibilidade de um presente conjunto apesar da distância. Dessa maneira, os emigrantes equatorianos geraram, sem premeditá-lo, uma memória extraordinária que dá rosto e voz aos protagonistas anónimos de uma parte importante da história contemporânea do Equador, hoje compilada no projeto AMAME (Arquivo da Memória Audiovisual da Migração Equatoriana).

 Durante quatro décadas, os migrantes equatorianos testaram modalidades de criação de cartas audiovisuais apropriando a tecnologia e adaptando as narrativas da autorrepresentação às suas necessidades. As suas vídeo-cartas converteram-se na última etapa da comunicação em diferido, antes da chegada da comunicação em tempo real, que hoje nos invade com o seu imediatismo e a sua memória descartável.

     A cineasta e realizadora audiovisual Melina Wazhima Monné (Cuenca, Equador, 1981; vive e trabalha em Lisboa) formou-se na Universidade de Barcelona. Atualmente, é doutoranda em Artes Performativas e da Imagem em Movimento na Universidade de Lisboa. É membro do coletivo de arte Ñukanchik People (ÑKP) desde 2005, intervindo ativamente na cena artística contemporânea equatoriana desde então. A sua prática artística inscreve-se e gera processos com uma visão política da arte e da sociedade através de projetos de investigação e curadoria, formação e redes, gestão cultural e artística, com especial interesse nos processos de memória e na criação horizontal de conhecimento. Professora de Cinema e Audiovisual, lecionou as disciplinas de guião e documentário na Universidade de Cuenca entre 2011 e 2019, tendo também colaborado com outros realizadores nos seus processos de escrita e montagem. Desenvolve atualmente o filme Lejanías, um ensaio cinematográfico baseado em vídeo-cartas de famílias migrantes equatorianas.

     Juan Pablo Ordóñez (Cuenca, Equador, 1975; vive e trabalha em Lisboa) trabalha há mais de vinte anos no campo das artes. É um artista multifacetado, comprometido com a investigação e a experimentação formal. No seu percurso, encontram-se obras de expressão pictórica expandida, projetos de animação digital, incursões na criação videográfica e na arte da ação, da instalação e do objeto, assim como projetos políticos e comunitários, a par de outros conceptuais e íntimos. De entre as suas obras mais significativas, destacam-se Leitura Pública (performance e vídeo-cartas, 2008-2020), Grafías (pintura solar, instalação, 2007), San Salvador (instalação de fotografia expandida em contexto relacional, 2011), Asepsis (série performativa, 2001-2012). Desde 2006, Ordóñez tem estado involucrado em projetos curatoriais e de criação  museográfica, bem como de gestão de laboratórios e residências, tendo assumido funções de coordenação nesse quadro. É membro do coletivo Ñukanchik People (ÑKP) e cofundador do Arquivo da Memória Audiovisual da Migração Equatoriana (AMAME).  

9 de julho 2021

CONVERSAS À VOLTA DE UM PROJECTO: FOTOGRAFIA IMPRESSA E HISTÓRIA NA INVESTIGAÇÃO SOBRE O ESTADO NOVO

Apresentação de Filomena Serra com comentários de Nuno Medeiros e Pedro Martins

18 de junho 2021

ÁLBUNS DE GUERRA

Catarina Laranjeiro

21 de maio 2021

O OLHAR FORENSE: IMAGENS, EVIDÊNCIAS E CONHECIMENTO NA ESPANHA CONTEMPORÂNEA

Lee Douglas

23 de abril 2021

ESCRITAS E IMAGENS EM FOLHAS DE FANZINE

Madalena Miranda, Caterina Cucinotta, Giulia Strippoli

19 de março 2021

POÉTICAS DEL MONTAJE CINEMATROGRÁFICO: EL GESTO ESTÉTICO EN TERESA FONT

Jesús Ramé

29 de janeiro 2021

PARA UMA TIMELINE A HAVER

Ana Bigotte Vieira

11 de dezembro 2020

O TRABALHO COLETIVO E O RECONHECIMENTO MÚTUO EM DOIS FILMES DE HELENA SOLBERG

Patrícia Sequeira Braz

13 de novembro 2020

OS INQUÉRITOS [À FOTOGRAFIA E AO TERRITÓRIO], PAISAGEM E POVOAMENTO

Paulo Catrica

16 de outubro 2020

O LUGAR DA FALA, DO OUTRO, DAS IMAGENS E DA HISTÓRIA NO CONTEXTO PÓS-COLONIAL, OU A POSSIBILIDADE DE COEXISTÊNCIAS

Madalena Miranda

18 de novembro 2019

SESSÃO ESPECIAL DA OFICINA DE HISTÓRIA E IMAGEM – HISTÓRIA E IMAGENS OPERÁRIAS NO SÉCULO XX

Regina Egger Pazzanese

Comentário de Fédéric Vidal

 

Apresentação de Regina Egger Pazzanese, doutora em História Social (USP) e investigadora de pós-doutoramento na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). Após a exibição do documentário brasileiro Braços Cruzados, Máquinas Paradas (1978), de Roberto Gervitz e Sérgio Toledo Segall, discorreu-se acerca das possibilidades e limites do documento audiovisual enquanto fonte de investigação para o campo da historiografia. A partir de um recorte metodológico que explora o método de análise fílmica, analisou-se as estratégias do filme de Gervitz e Segall e seus modos de representação sobre o mundo do trabalho, de modo a construir interpretações historiográficas sobre fenómenos sociais e culturais, conectados a uma leitura transnacional entre Brasil e Portugal.

5 de dezembro 2018

OUTRAS FORMAS DE VER E LER HISTÓRIAS AOS QUADRADINHOS

Cristina Gouveia


AMBIGUIDADE, AUTORIDADE E COERÊNCIA EM LE CORBUSIER

Francisco Portugal e Gomes


Com moderação de Caterina Cucinotta

7 de novembro 2018

CORPORATIVISMO E PROPAGANDA: UMA RELAÇÃO EQUÍVOCA DA IMAGEM ENTRE O “PARECER” E O “SER” OU O CASO DE JOSÉ DE OLIVEIRA COSME EM “O JOGO DA SARDINHA”

Maria João Raminhos Duarte

 

HIPÓTESES DE CINEMA E DE HISTÓRIA PERANTE ARQUIVOS MULTIMÉDIA – UMA PROPOSTA INTERMEDIAL

Madalena Miranda


Com moderação de Raquel Rato

 3 de outubro 2018

A HISTÓRIA ATRAVÉS DAS IMAGENS: FIGURINOS E FIGURINISTAS NO CINEMA PORTUGUÊS

Caterina Cucinotta


PALAVRAS EM MOVIMENTO: TESTEMUNHO VIVO DO PATRIMÓNIO CINEMATOGRÁFICO
Raquel Rato


Com moderação de Érica Faleiro Rodrigues

 4 de maio 2017

DA CULTURA VISUAL NA PRODUÇÃO DE DISTINÇÃO: A VIDA MUSICAL LISBOETA NA IMPRENSA ILUSTRADA 1903-1933

Filipe Gaspar, Mariana Calado e Paula Gomes Ribeiro


As revistas ilustradas correspondem a um certo gosto de modernidade em documentar e comunicar acontecimentos do quotidiano, não apenas pelo texto mas, sobretudo, pelo desenho e pela fotografia. No geral, estas revistas abordavam temas da vida mundana incluindo assuntos artísticos, literários, musicais, desportivos, políticos e científicos, embora a escolha dos conteúdos a publicar e o próprio formato fossem variáveis entre publicações. Com capas apelativas, publicidade, textos relativamente curtos, algumas crónicas, uma profusão de imagens e, por vezes, até partituras, eram publicações particularmente atrativas para os lisboetas ‘elegantes’ ou seja, para uma burguesia ansiosa de se inscrever num estilo de vida cosmopolita em sintonia com (ou com forte influência dos) grandes centros europeus, especialmente com Paris. A apresentação desta sessão propôs-se a observar e discutir o papel das imagens (como práticas de construção de significado) na mediação dos acontecimentos musicais em Lisboa nas revistas Ilustração Portuguesa (1903-1993) e Ilustração (1926-1939). Focou-se nas três décadas a partir de 1903, ano de lançamento da primeira revista, incorporando a discussão nas diversas dimensões políticas, sociais e culturais que caracterizam este período. Da análise destas publicações emerge uma multiplicidade de dados que permitem perspetivar a música enquanto construtora e mediadora de sociabilidades no quotidiano urbano. Destaque-se, por um lado, os contextos em que é praticada, como teatros, salões privados, associações, auditórios, conservatórios, palácios e clubes, em eventos caritativos, bailes de gala, concertos, espetáculos músico-teatrais, audições escolares, saraus, entre outros; por outro, os seus agentes, tais como estudantes, pedagogos, instrumentistas, cantores, maestros e orquestras, talentos, estrelas e vedetas, assim como pontuais referências a públicos. As imagens que surgem nestas revistas em processos de identificação ou mediação de acontecimentos ou figuras musicais referem-se tanto a circunstâncias e modelos de atuação em cena, como a habitus da vida social quotidiana. Procurou-se, assim (além de outros aspectos), discutir e intercalar dois planos de debate: 1) o papel da imagem na produção de significado no contexto em que é gerada, logo, como instrumento de poder, construção de realidade e estratificação social, 2) no modo como fornece (e modela) informação nos processos de produção e disciplinação de narrativas históricas (Foucault; Elias; Goffman; Latour; Bourdieu…).

 6 de abril 2017

CINEMATIC IDENTIFICATION AND USES OF THE PAST

Maria Brock


Esta apresentação discutiu os resultados iniciais de um projecto de investigação sobre o papel de imagens cinematográficas nas memórias pessoais da União Soviética e da República Democrática Alemã. Ambos os contextos têm sido sujeitos a análises que sugerem uma espécie de relação patológica com o passado anterior à transição de regime nestes países, mas até agora houve pouca pesquisa dedicada ao impacto das representações do passado nas subjectividades. Este estudo analisa o impacto do cinema em representações subjectivas da história, usando o exemplo de filmes russos e alemães que abordam o passado socialista recente. Examina até que ponto imagens cinematográficas contribuem para activar modos particulares de identificação com imagens históricas da nação através de processos fantasmáticos, inquirindo se os filmes serão melhor capazes de oferecer respostas a questões sobre a natureza do passado. Se tais imagens têm de facto um significado para além de dar uma forma visual a visões fragmentadas, abrirão então o potencial para a mitologização e instrumentalização. Através de uma abordagem comparativa, o projecto identificará particularidades bem como aspectos comuns das ‘vidas póstumas’ do socialismo na Rússia e na antiga Alemanha de Leste, analisando como estes alimentam ideias do presente e visões do futuro. O objectivo é explorar a relação entre a história, a sua representação cinematográfica e os processos psíquicos de identificação no mundo pós-socialista.

 9 de fevereiro 2017

IMAGE, BALLET AND THE COLD WAR

Stephanie Gonçalves

Comentário de Ana Bigotte Vieira


A apresentação de Stephanie Gonçalves explorou a articulação entre dança e política no século XX, a partir do seu doutoramento (Université libre de Bruxelles, 2015) sobre o uso do ballet enquanto instrumento de diplomacia cultural na Guerra Fria. Discutiram-se diversas imagens e fontes visuais, tais como retratos de dançarinos, de encenações e da política da ida à ópera, um dos espaços culturais onde a Guerra Fria teve lugar. Reflectindo sobre os diferentes papéis dos dançarinos, tais como turistas, embaixadores culturais e passeurs culturels, foram reconsiderados esterótipos sobre a chamada Cortina de Ferro.

 8 de novembro 2016

“TODAS NÓS TEMOS NA VIDA UMA ILUSÃO MAIS QUERIDA… UM SONHO COR DE ROSA”: PROPAGANDA E (NÃO-)IMAGENS DO CASAMENTO NOS FILMES DE ‘COMÉDIA À PORTUGUESA’

Bruno Marques

Comentário de Luís Trindade

Esta comunicação problematizou o tema da Propaganda (directa e indirecta) no cinema enquanto dispositivo de controlo da vida privada. Com base em seis longas-metragens de ficção marcantes do chamado ‘período de ouro’ do cinema português – A Canção de Lisboa (1933), O Pai Tirano (1941), O Pátio das Cantigas (1942), O Costa do Castelo (1943), A Menina da Rádio (1944) e Leão da Estrela (1947) – abordou-se a forma como foram tratados os papéis do feminino e do masculino no que à intriga amorosa conducente ao casamento diz respeito, sob um particular regime ditatorial. Para tal alguns tópicos correlacionados foram trazidos à colação: como são dramatizados no grande ecrã os rituais ligados à manifestação dos afectos, as estratégias de “sedução”, os protocolos que regulamentavam os namoros, o papel dos “pudores” e da vigilância familiar, como o casamento é idealizado e qual o seu estatuto enquanto projecto de vida, como são vividos os dilemas passionais, os amores proibidos, as relações extraconjugais e os triângulos amorosos? Para além das análises que sublinham a “sintonia”, a “coincidência tácita” e os “ecos” que se estabelecem entre os filmes e a ideologia do Estado Novo – regime político conservador e convergente com a visão da igreja Católica na aprovação de valores como a heterossexualidade, a monogamia, o casamento e a procriação (POLICARPO, 2011) -, pretendeu-se explorar igualmente a possibilidade de serem feitas leituras contra-hegemónicas, não deixando de assinalar contradições e lacunas, não ignorando assim factores de tensão e de perturbação que também encontramos nestes filmes no que à moral e bons costumes dizem respeito.

 4 de outubro 2016

FOTÓGRAFO ERRANTE: ARTE E CIÊNCIA NAS IMAGENS ESTEREOSCÓPICAS DE FRANCISCO AFONSO CHAVES (1857-1926)

Victor dos Reis

Comentário de Fátima Nunes

A Oficina de História e Imagem deu início ao seu seminário de 2016/2017 com uma comunicação de Victor dos Reis, dedicada ao trabalho do fotógrafo Francisco Afonso Chaves (1857-1926). Francisco Afonso de Chaves, um dos mais eminentes naturalistas portugueses, foi também um brilhante fotógrafo. Porém, o seu trabalho visual permaneceu quase totalmente desconhecido até hoje e caracteriza-se não apenas pela sua enorme extensão e qualidade mas também por uma característica notável: ser constituído maioritariamente por fotografias estereoscópicas que obrigam a uma percepção mediada por um visor 3D e, em troca, oferecem ao observador uma experiência imersiva. O objectivo desta comunicação foi apresentar algumas das fotografias e das características mais originais desta obra profundamente moderna construída num peculiar diálogo entre arte e ciência.

26 de junho 2015

ENCONTRO ANUAL DA OHI

O primeiro Encontro Anual da OHI foi composto por dois painéis. No primeiro painel, três oradores analisaram imagens à sua escolha com base no seu objeto de estudo. Mariana Pinto dos Santos comentou duas pinturas de Eduardo Batarda. Osvaldo Macedo de Sousa partiu de uma imagem gráfica para interrogar o que caracteriza este tipo de testemunho cronístico, até que ponto se pode confiar neste género jornalístico e como pode a sua estética influenciar as correntes artísticas do seu tempo. Tiago Tadeu centrou-se num anúncio publicado na imprensa portuguesa durante a Segunda Guerra Mundial de modo a discutir o papel da imagem publicitária nesse contexto. O segundo painel foi uma mesa-redonda com José Carlos Carvalho e Miguel Cardoso, que examinaram uma fotografia de Eduardo Gageiro a partir de diferentes perspetivas.

29 de maio 2015

CONVERSA COM JOSÉ MANUEL COSTA

José Manuel Costa

20 de março 2015

AS PEQUENAS MEMÓRIAS

Joana Craveiro

Nesta sessão Joana Craveiro discutiu a sua criação do «Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas», constituído por sete palestras performativas que reconstituem e analisam um mosaico de memórias da Ditadura portuguesa, Revolução e Processo Revolucionário em Curso, ao mesmo tempo que interrogando e desconstruindo algumas das narrativas oficiais sobres estes períodos ainda hoje em circulação. Construído a partir de uma abrangente recolha de testemunhos, bem como da angariação de arquivos privados, cruzados com a história pessoal de Joana Craveiro, o «Museu Vivo» é um projecto que questiona as formas de produção da história e da memória e a sua transmissão” (informação da organização).

28 de novembro 2014

FOTOGRAFIA NO ARQUIVO: CIRCULAÇÃO DE IMAGENS ENTRE A COLÓNIA E A METRÓPOLE (1880-1930)

Filipa Vicente

 

27 de junho 2014

O SILÊNCIO DAS IMAGENS ou PODE A PAISAGEM FALAR?

Catarina Laranjeiro

Comentário de Nuno Domingos

Nesta sessão, Catarina Laranjeiro discutiu a sua proposta de analisar a memória da guerra de libertação na Guiné-Bissau como trabalho de arqueologia (Benjamin, 1984), escavando repetidamente nos fragmentos do passado e colocando numa mesma linha de montagem histórica (ibidem) as memórias de pessoas que nesta guerra participaram no movimento de libertação, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC). As fotografias surgiram-lhe como o meio mais pertinente para a análise de memórias, na medida em que se é certo que as fotografias congelam um determinado passado, elas não o prendem; em vez disso, possibilitam ao leitor a imaginação de possíveis futuros para esse passado. Contudo, dado que a transição para a independência e construção da paz tem sido um processo difícil e traumático, sobre o qual persistem tabus, a representação deste passado revela a coexistência de versões conflituais que servem diferentes propósitos e interesses. Por isso a análise de fotografias não foi suficiente para resolver as questões colocadas. Tendo decidido visitar os lugares históricos da guerra e descobrir que meios de memória ou formas de garantir a perpetuação da memória da guerra existem hoje na paisagem na Guiné-Bissau, Catarina Laranjeiro descobriu como a paisagem se molda à memória.

29 de maio 2014

O TEATRO DA MEMÓRIA DA MORTE: O CORPO, A IMAGEM E O TEXTO NO FUNERAL DE ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR

Rodrigo Lacerda

Comentário de Margarida Medeiros

Nas sociedades contemporâneas, a morte é um assunto privado e essencialmente relevante para a família e amigos mais próximos. Contudo, a morte de pessoas que, devido à sua vida ou falecimento, são consideradas pelo Estado, população e media como simbolicamente importantes, tendem a transformar-se em eventos mediáticos saturados em imagens. Alguns exemplos recentes são a Princesa Diana, Amália Rodrigues, Jonas Savimbi, Saddam Hussein, Hugo Chávez, Nelson Mandela e Eusébio. Num primeiro momento, esta sessão reflectiu sobre as relações e paralelismos entre corpo e representação visual nestes eventos e o seu impacto na memória colectiva de uma comunidade imaginada. Num segundo momento, analisou-se a conexão entre imagem e texto na cobertura jornalística do funeral de António de Oliveira Salazar, no sentido de inquirir sobre a reprodução da mitologia poliédrica do Estado Novo, a agencialidade dos vários elementos envolvidos e a relação com a realidade social e política de Portugal em 1970.

24 de abril 2014
LINHA VERMELHA: PROCESSOS DE TRABALHO
José Filipe Costa
Comentário de Sofia Sampaio

O filme Torre Bela (1977) de Thomas Harlan é um locus de renegociação da memória do PREC. Ao revisitá-lo, Linha Vermelha (2011), de José Filipe Costa, insere-se neste fluxo de rememoração e de re-significação das imagens que fizeram a história da Torre Bela. Nesta sessão, deu-se conta do processo de produção do filme Linha Vermelha, desde a fase de pesquisa até à montagem final: por que foi escolhido um determinado ângulo para tratar o filme de Harlan? qual a relação entre as imagens do Torre Bela e a produção da memória sobre aquela experiência? de que maneira fazer um filme, seja o Torre Bela ou o Linha Vermelha, é uma forma de “provocar” a história? como é que estas questões se ligam à crise da representação documental e à ideia da imagem como prova histórica? A apresentação foi feita com base em clips do filme e de materiais inéditos, como fotos de um arquivo de um ex-cooperante e sons captados pelo operador de som de Harlan.

27 de março 2014
FILMAR O PAÍS NO VERÃO DE 1970 – OS FILMES DO ARQUIVO DE FILME CIENTÍFICO DE GOTTINGEN

Catarina Alves Costa
Comentário de José Neves

Nesta sessão discutiu-se o arquivo de filmes do Centro de Estudos de Etnologia. Este constituiu-se como um conjunto de registos visuais que acompanhavam de modo não sistemático e aleatório incursões ao terreno, pesquisas comparativas e extensas, ou recolhas de objectos feitas pelos etnólogos. No entanto, o conjunto de filmes feitos em colaboração com os alemães que vieram, em missão de urgência, filmar o país no Verão de 1970, apesar de reflectirem as mesmas temáticas e a mesma abordagem, seriam rodados numa campanha intensiva, organizada previamente. Em vinte dias, durante o Verão de 1970, Benjamim Pereira e Ernesto Veiga Oliveira organizaram e acompanharam intensamente a rodagem de 14 documentários – em película de cor e som síncrono – que decorreram em Trás-os-Montes, do Barroso à Serra Minhota, no Litoral, Beira e Alentejo.